
A comunidade do Abranches está mobilizada! No dia 14 de maio, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg Abranches) realizou uma importante assembléia no salão da Igreja Sant’Ana. O encontro contou com a presença de mais de 170 pessoas, entre moradores, autoridades, representantes da Guarda Municipal e lideranças locais. Em pauta: segurança, monitoramento por câmeras e a proposta de um novo binário viário que pode transformar a mobilidade no bairro.
Flanelinhas seguem causando transtornos
Moradores relataram situações preocupantes envolvendo flanelinhas durante eventos na Pedreira Paulo Leminski. As queixas envolvem cobranças abusivas (entre R$ 50 e R$ 100) e o uso ilegal de cones e fitas zebradas para “reservar” vagas públicas — inclusive ao redor da própria Igreja Sant’Ana, atrapalhando fiéis que participavam das missas.
A Guarda Municipal esclareceu que, embora a atuação como flanelinha não configure crime por si só, bloquear vagas com objetos é ilegal e deve ser denunciado à Setran. Em caso de extorsão ou ameaças, a orientação é acionar a Polícia Militar ou a Guarda Municipal e formalizar a denúncia no local.
Muralha Digital pode chegar ao bairro
Outro destaque foi a possível ampliação da Muralha Digital, projeto da Prefeitura de Curitiba que instala câmeras de segurança integradas ao sistema da Guarda Municipal. Os Consegs de Abranches, Pilarzinho, São Lourenço, Bacacheri e Bairro Alto estão unindo forças para solicitar a instalação de câmeras nas saídas para Almirante Tamandaré e Colombo. A proposta ainda está sendo avaliada.
Polêmica: binário entre Mateus Leme e Vitório Brunor
O ponto mais debatido da noite foi a proposta de criação de um binário viário entre a Rua Mateus Leme e a Rua Vitório Brunor, que deve impactar diretamente cerca de 18 mil pessoas. Pela primeira vez, a Prefeitura solicitou a opinião dos Consegs antes de iniciar uma obra estrutural dessa magnitude.
Comunidade cria grupos para acompanhar o projeto
Durante a reunião, foram criados quatro grupos de trabalho voluntário, com participação ativa de moradores e especialistas:
- Grupo de Segurança Pública: com apoio da PM e da comunidade, busca fortalecer a atuação no bairro.
- Frente Parlamentar: fará articulação com vereadores e deputados em defesa das demandas locais.
- Grupo de Mobilidade Urbana: coordenado por profissionais voluntários, já iniciou estudos técnicos e de campo para propor alternativas ao projeto da Prefeitura — como a duplicação da Rodovia dos Minérios e o alargamento da Rua Mateus Leme. Um dos pontos de atenção é o risco de comprometer a estrutura da Igreja centenária da região.
- Grupo Jurídico: analisará a legalidade do processo e dará suporte técnico à mobilização da comunidade.
E agora?
O orçamento estimado da obra gira em torno de R$ 500 milhões, mas ainda não há decisão definitiva. Segundo relatos, o IPPUC tem se mostrado aberto ao diálogo — o que torna a participação da comunidade mais importante do que nunca.
Mauro Ignácio, da assessoria da prefeitura, estava presente na reunião, se comprometeu a levar as demandas ao prefeito de Curitiba.
Participe!
A união dos moradores é fundamental neste momento. Compareça às próximas reuniões do Conseg, acompanhe as discussões e fortaleça a voz da comunidade. Só com participação ativa será possível construir soluções justas e sustentáveis para o bairro.