O prefeito Rafael Greca inaugurou nesta sexta-feira (14/5), no Parque São Lourenço, o Memorial Paranista e o Jardim das Esculturas, com réplicas ampliadas de exemplares do artista plástico paranaense e precursor do Paranismo João Turin.
O novo espaço cultural exibe 100 obras entre esculturas, bustos e baixos-relevos do artista que, de acordo com o Movimento Paranista, exaltam o índio (para Turin, o verdadeiro dono da terra) e os elementos naturais característicos do Estado.
“É indizível a alegria de abrir este local singular, talvez o mais lindo e importante museu do Brasil, e viver este dia. Somos telúricos e o Paranismo reflete a nossa alma, caboclos que daqui somos. Porque faz escuro cantamos, não nos amedrontamos e venceremos”, disse o prefeito, referindo-se à relação do homem do Paraná com a terra onde vive e seus desafios. É uma das realizações mais importantes da sua gestão.
Diretora da extinta Casa João Turin por 23 anos, a sobrinha Elisabete Turin ficou satisfeita com o espaço dedicado ao tio.
“Peças que poderiam ter se perdido, porque eram de gesso, foram fundidas em bronze e tiveram o destino adequado. Agora poderão ser apreciadas pelo público em geral e pelos estudantes. Agradeço de coração ao prefeito, que sempre demonstrou que ama a memória”, disse.
O acervo do Memorial Paranista é formado por 78 obras doadas ao Estado do Paraná pela Família Lago (detentora dos direitos autorais de João Turin) e por sua vez cedidas em comodato para o município de Curitiba; 12 obras adquiridas pela prefeitura junto aos detentores dos direitos autorais do artista; 3 obras doadas para o município pela Canal Marketing Associados Ltda, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, com o apoio da Copel; 3 obras cedidas em comodato pela Família Lago, e 4 obras que já pertenciam ao acervo da Fundação Cultural de Curitiba.
A arte celebra a arte
A solenidade de abertura do novo Memorial Paranista no Parque São Lourenço foi carregada de emoção e simbolismos. Síntese do Movimento Paranista, o manifesto escrito pelo historiador e político Romário Martins foi transformado em encenação teatral coreografada.
O espetáculo aconteceu nas escadarias laterais à réplica da fachada da Casa Leining, exemplar paranista projetado por Turin e que não existe mais. Diante do Jardim das Esculturas, um elenco formado por 20 atores caracterizados como índios e homens urbanos da década de 1920 encenou a mensagem do manifesto, sob a trilha sonora do Hino do Paraná e da Bachiana Canto da Floresta, de Villa-Lobos.
Também relacionadas à época do Manifesto, foram executadas duas peças do músico e maestro paranaense Brasílio Itiberê: Valsa Acadêmica e A Sertaneja, no piano de Jéferson Ulbrich. Das janelas da Casa Leining, os cantores líricos Vitório Scarpi e Ornella de Lucca interpretaram o Hino de Curitiba.
Memorial Paranista
Antes de assistir aos espetáculos, Greca e convidados percorreram todos os ambientes do Memorial. Além das salas de exposição e da Capela Paranista, o local conta com uma unidade da loja #CuritibaSuaLinda, o Liceu de Artes e o Ateliê de Esculturas. No local, sob a coordenação do escultor Elvo Benito Damo, estavam sendo fundidas em bronze as medalhas da Comenda da Ordem da Luz dos Pinhais, entregues a personalidades homenageadas pelo prefeito.
A inauguração do Memorial Paranista respeitou os protocolos de prevenção contra a covid-19, tendo sido realizada em sua maior parte em um ambiente aberto no Parque São Lourenço , com os participantes usando máscaras e mantendo o devido distanciamento social.
Fonte: SMCS
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