A manhã desta segunda-feira (10) foi agitada na Câmara Municipal de Curitiba e o motivo para tanta “euforia” era o retorno do novamente vereador Renato Freitas, do PT.
Renato foi o primeiro a usar a tribuna para, em tom debochado e com falas recitadas, provocar os demais vereadores que há pouco tempo aprovaram sua cassação por, supostamente, ter realizado ato político dentro de uma igreja histórica da Capital paranaense.
A provocação do “descassado” Renato não passou em branco e logo foi respondida por outros vereadores que também utilizaram do tempo de fala para abordar o assunto e reapresentar as “boas vindas” ao novo/velho colega.
Um dos discursos mais críticos foi o do vereador Mauro Ignácio (União), vice-líder do Prefeito Rafael Greca, que não poupou críticas até mesmo ao STF e sugeriu: “Vamos queimar nosso regimento interno em praça pública”, referindo-se à decisão do Ministro Luiz Roberto Barroso que concedeu liminar e tornou sem efeito a decisão dos vereadores curitibanos, feita de forma legal e que obedeceu a norma interna.
O vereador ainda questionou a rapidez com que foi concedida a liminar: “será que o recurso impetrado pelo Presidente Tico Kuzma vai ser julgado antes de 2 meses?”. Segundo o parlamentar, sua preocupação não é com a volta do colega oposicionista à Câmara “mas sim com os milhares de cidadãos que aguardam uma decisão da Côrte Suprema e alguns morrem esperando uma resposta” esbravejou Ignácio em sua fala e finalizou lembrando do episódio de invasão do plenário da Câmara em 2017, quando vândalos chegaram a urinar nas dependências do prédio histórico, quando existia liminar proibindo a invasão com previsão de multa aos sindicatos e que até o momento não foi resolvido o ressarcimento aos danos causados pelos invasores, “dois pesos, uma medida” encerrou Mauro.
Agora, resta aguardar os próximos capítulos dessa “novela mexicana” para então sabermos para qual dos lados o final vai ser feliz.
Matéria: Flavio Junior